Espaço Mulher

Foi-se o tempo em que nós mulheres éramos dependentes dos homens para atividades como trocar lâmpadas, abrir o vidro de palmito ou sair às compras de materiais de construção. Esses simples exemplos são pequenos, em vista de tantas outras conquistas que obtivemos, mas sintetizam a evolução da independência feminina.

O mercado de veículos percebeu essa independência, acompanhou o crescimento de motoristas do sexo feminino (um crescimento de mais de 50% de 2005 a 2010) e modificou o comportamento, para alcançar também esse público com grande potencial decisivo e financeiro.

Hoje os carros são projetados em acordo com as necessidades femininas, como espelho e luz no quebra-sol do motorista, porta batom, porta revista, porta objetos, maçaneta menos propícia à quebra das unhas, regulagem de altura de banco (muito apreciado pelas mulheres), entre outros. Esses itens dificilmente seriam os pontos de decisão de um homem na hora da compra do carro, mas certamente são o chamativo mais decisivo para as mulheres, na hora da aquisição do veículo.

Paralelo à mudança comportamental no trânsito, uma iniciativa das mulheres, que há uma década era raríssima, se tornou atividade normal de oito em cada 10 mulheres que possuem carro próprio: LEVAR O CARRO À OFICINA.

Oficina mecânica não é mais lugar exclusivamente de homens. Hoje, raramente se vê calendários “picantes” e graxa espalhada nas oficinas dos grandes centros. As oficinas mudaram e pra melhor!

Banheiro exclusivamente feminino; mulheres trabalhando na oficina; limpeza; sala de espera com TV; revistas de fofocas; mecânicos bem vestidos, limpos e treinados; chá e refrigerantes (além do cafezinho)... Muitas mudanças aconteceram para se adequar a essa nova realidade.

As mulheres estão quase em pé de igualdade aos homens no quesito “freqüência em oficina”. E é bom que seja assim! É mais uma conquista na nossa independência e cabe a nós, “sexo frágil”, sabermos distinguir as oficinas que estão prontas para nos receber com toda atenção e cuidado que merecemos.